E não era impressionante como um sentimento podia se transformar em
água,e ir pingando por uma rua toda feita de pedras? Eu pisava em lágrimas,
poeiras e pedras, sem me lembrar que as lágrimas também evaporam e depois viram
nuvens. As nuvens que, algum dia, desceriam furiosas, castigando janelas e
portas, enquanto eu tentasse salvar, no colo do meu vestido, a mais bonita de
minhas histórias.
Rita Apoena
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