Todo mundo sente
medo, sente dor, tenta consertar o que não tem conserto, carregamos marcas que
não se apagam, ausências que fazem doer o peito. Mas ainda é possível ouvir
estrelas. Deixar que nossa luz nos oriente. Ainda podemos rir como se a alegria
fosse nosso melhor adereço. Acredito que pés descalços é o luxo da alma. Que
estar perto é menos físico que a gente pensa. Que olhos falam, palavras
estragam, e silêncio grita. Que a gente quer amar pra sempre, abrir o peito,
recitar poema, sem se preocupar com o que os outros pensam. Sei que o que mais
vale a pena é chamado de coisa pequena, que vira importante quando a gente
deixa de achar que é grande.
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