Naquela granja uma galinha se destacava entre todas as
outras por sua coragem, espírito de aventura e ousadia. Não tinha limites e andava por onde queria.
O dono da granja, porém, não apreciava estas qualidades e
estava aborrecido com ela. Suas atitudes estavam contagiando as outras que achavam
bonito este modo de ser e já o estavam copiando.
Certo dia o dono fincou um bambu no meio do campo, arrumou
um barbante de aproximadamente 2 metros e amarrou a galinha nele.
De repente, o mundo tão amplo que a ave tinha foi reduzido a
exatamente onde o barbante lhe permitia chegar.
Ela passava o tempo ali, ciscando, comendo e dormindo.
De tanto andar nesse círculo, a grama que era verde foi
desaparecendo e ficou somente terra. Era interessante ver delineado um círculo
perfeito em volta dela.
Do lado de fora, onde a galinha não podia chegar, a grama
verde, do lado de dentro só terra.
Depois de algum tempo, o dono se compadeceu da ave e cortou
o barbante que a prendia pelo pé e a deixou solta.
Agora ela estava livre novamente, o horizonte seria limite, poderia
ir onde quisesse. Mas, estranhamente, a
galinha mesmo solta, não ultrapassava o limite que ela própria havia feito.
Só ciscava e andava dentro do círculo, seu limite
imaginário.
Olhava para o lado de fora, mas não tinha coragem suficiente
para se “aventurar” a ir até ela.
Preferiu ficar do lado conhecido.
Com o passar do tempo, envelheceu e ali morreu.
Num mundo tão cheio de pressões e mudanças o medo muitas
vezes faz com que nossos pés fiquem presos a uma zona de conforto. Imaginamos,
sonhamos, olhamos para além dos limites com vontade e desejo, mas não temos
coragem suficiente para sair e enfrentar o que é desconhecido.
Guarde estas duas verdades:
. Coragem não significa “não ter medo”, mas ir em frente
“apesar do medo”. Todos têm medo, ainda que muitas vezes não reconheçam. Eles
conseguem
. Não existe evolução sem mudança.
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