Cada
um lida de um jeito com as adversidades.
E
ninguém tem que ser igual.
Não
tenho fórmulas, bola de cristal,
tampouco
sou melhor que ninguém.
Eu
apenas tento resolver. E viver.
Nem
sempre é fácil e lindo, mas é o jeito.
Não
tenho vocação para suicida ou sofredora,
então
eu choro tudo que tenho para chorar,
reclamo
tudo que tenho para reclamar
e
dou um passo de cada vez.
Às
vezes dou um passo para trás.
É
que nem sempre sei andar para a frente,
sem
mágoa, sem rancor, sem revolta.
Volta
e meia à gente traz coisas indesejáveis na bagagem.
Já ouvi várias vezes ah-como-você-lida-bem-com-as-coisas.
Não,
não lido. Sou péssima em lidar "com as coisas .
Sou
ciumenta com coisas bobas,
impulsiva
pelo menos uma vez por dia,
leio
bula de remédio e depois acho
que
tenho aquele bando de sintomas,
meu
dedão do pé não é bonito,
quero
tudo do meu jeito e minha cabeça é muito, muito dura.
Não
sou uma musa, uma diva, uma entidade, uma mestra.
Sou
uma pessoa. E de vez em quando sou uma pessoa péssima.
Péssima
mesmo.
De
vez em quando morro de vergonha de mim.
E
se eu fosse você morreria de vergonha de mim também.
Amo
muito, tudo é muito, tudo é exagero,
tudo
é demais. Inclusive as dúvidas e as dores (...)
Clarissa
Corrêa
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