A moça de vestido rodado era toda azul. Tinha o dom de
afastar as nuvens e esticava os raios de luz com a ponta dos dedos. Nas noites
tristes fazia chover com os olhos e gostava de aquecer as tardes de domingo com
um desses sorrisos de Sol. Nascia mais bonita a cada manhã, de tardezinha fazia
a saudade se pôr e toda noite estrelava. Algumas vezes era estrela cadente e
caía, em outras era Lua cheinha de luz e reluzia amor. Se tivesses olhado para
cima por um segundo, a qualquer hora do dia ou da noite, certamente terias
visto aquela moça de vestido azul estampado de andorinhas, infinita, como tudo
o que é feito de céu.
Karla Thayse Mendes
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