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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Bom ou mau?







Um agricultor, em seu leito de morte, chamou seus três filhos para repartir entre eles os bens. Aos dois mais velhos foram destinadas as mais belas terras, enquanto que o Ernesto recebeu como herança um banhado, imprestável para a agricultura. Quando os amigos souberam dessa estranha divisão de bens, solidarizaram-se com ele, em vista da injustiça cometida pelo velho.
- Que azar, hein homem?
O Ernesto, no entanto, respondia: Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
Passou um ano e uma seca terrível atingiu aquela região. Todas as plantações morreram por falta de umidade. A terra de banhado do Ernesto ficou boa para a agricultura. Ele plantou e colheu em abundância. O preço estava em alta e ele ganhou muito dinheiro. Os seus amigos foram visitá-lo, para cumprimentá-lo.
- Que sorte, hein homem.
Ele, no entanto, respondia: Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
Um tempo depois, ele foi comprar um lindo cavalo de raça. Era caro, mas era um puro-sangue. Comprou o cavalo e, naquela mesma noite, o animal fugiu. Ninguém conseguia encontrá-lo. Os amigos vieram visitá-lo com ar de decepção. Tanto dinheiro investido naquele animal e nenhum prazer. Não ficou nem uma noite no curral.
- Que azar, hein homem.
Ele, no entanto, respondia: Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
Três dias se passaram e, no amanhecer do quarto dia, uma grande surpresa. O cavalo estava de volta e trazia com ele outros dois puros-sangues selvagens. Foi uma alegria só. Os amigos vieram ver a novidade e com alegria diziam:
- Que sorte, hein homem.
Ele, no entanto, respondia: Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
Passou mais uma semana e um dos filhos do Ernesto, com 18 anos, havia apostado que conseguiria montar um dos cavalos selvagens. A rapaziada ficou de se encontrar às escondidas, no domingo à tarde, no meio do pasto, onde estavam os cavalos. O filho mais novo do Ernesto aproximou-se com muito cuidado. O cavalo parecia assustado, mas não se movia. E, num só pulo, o rapaz montou o animal. O cavalo selvagem, assustado, começou a corcovear com o rapaz em cima dele. Pulou duas ou três vezes até que o rapaz caiu. Na queda este fraturou a perna. Os amigos foram chamar o pai, que levou o filho para o hospital. A perna precisaria ficar engessada por 45 dias. Os amigos vieram visitar o Ernesto.
- Que azar, hein homem?
Ele, no entanto, respondia: Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
Passou-se mais uma semana quando vieram os soldados com ordens claras: todos os jovens maiores de 18 anos deveriam apresentar-se imediatamente para partir para a guerra. Ninguém ficaria de fora, exceto por problemas de saúde. Todos os jovens tiveram que partir, apenas o filho do Ernesto, com a perna quebrada, não precisou ir. Os amigos, entristecidos, vieram falar com o Ernesto. Os filhos deles agora estavam longe, correndo sério risco de vida, enquanto que o Ernesto tinha o filho dele ali, sob os seus cuidados.
- Que sorte, hein homem?
Ele, no entanto, respondia: Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá.
Lembre-se: a vida nunca está pronta. Cada dia se abrem e se fecham possibilidades. Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá. Mas é bom saber que o futuro não pertence ao acaso, e sim a Deus. Por isso, por ti, ó alma abatida, o Senhor lutará. O teu caminho ele preparará através da escuridão. A coisa mais importante, o fato maior ele já fez acontecer: através de Jesus, ele redimiu a tua vida e, por isso, não te deixará perecer.


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